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Jumentos
Jumentos

Garanhões que estão sendo ultilizados hoje.

 

Capricho da JA 

 Capricho

Capricho da JA - Paladio do Sobrado (Ali Observador) x Amaralina da JA (Rei MAAB)

VÍDEO CAPRICHO  DA JA


Bagres Jatoti

Bagres Jabuti

Bagres Jatoti - Bagres Brilhante (Brilhante MAAB) x Gata da EMA (Calado da RM)

VÍDEO BAGRES JATOTI

 

Rubro Maçaim

Jumento Nacional

Rubro Maçaim - Xangalô (Letrado) x Jacapá (Enfeite)

VÍDEO DO JUMENTO RUBRO MAÇAIM

Danúbio

Jumento Pampa Danúbio

Vídeo do jumento jumento pampa Danúbio

Premiado

Jumento Ruão - Premiado


Conheça um pouco mais sobre a origem da raça.

 

O Jumento Pêga é uma raça de asininos brasileira , formada em Lagoa Dourada - MG. Os jumentos também são utilizados para obtenção de híbridos ( burros e mulas ), a partir de cruzamentos com as éguas. Os muares são animais ágeis, dóceis e resistentes, sendo de grande utilidade no transporte de cargas (carroça, cangalha, etc.), tração (arados, carpideiras, plantadeiras, etc. ), lida com gado, passeios, cavalgadas, concursos de marcha e enduros.

O desenvolvimento da mineração nos séculos XVIII e XIX nas Minas Gerais , fez crescer a preferência de desenvolver a produção de muares para atender àquela atividade.

Guarany

Guarany, um dos mais importantes reprodutores

da raça Pêga na década de 50,nascido em 20.05.47,

na Fazenda "Maracujá", no município de Lagoa Dourada.

 

O criador mineiro, talvez cercado por cadeias de montanhas, tornou-se também fechado para criar animais e fazê-los segundo a sua visão prática. Para vencer as grandes distancias rumo à corte , para manter a convivência entre as populações do campo e das cidades , para suprir as necessidades básicas das famílias, para transportar a produção da terra , fizeram do muar o auxiliar preferido àquela época.

A sociedade como um todo, tinha conhecimento da importância do burro e, via de conseqüência , do jumento como seu elemento formador.

Não escapou à clarividência do padre Manoel Maria Torquato de Almeida, pastor de almas do Arcebispado de Mariana, para que na sua Fazenda do Cortume, situada nas fraldas da Serra de Camapoan no município de Entre Rios de Minas, em 1.810, uma criação selecionada de jumentos nacionais. A visão deste religioso, de origem portuguesa, culto e operoso , vislumbrou um horizonte de maior importância para a pecuária nacional. Por certo, utilizou uma alta mestiçagem entre as raças italiana e egípcia e uma posterior seleção dos melhores animais para praticar os acasalamentos entre eles.

As raças têm as suas histórias e lendas. A raça Pêga também tem as suas. O nome Pêga tem origem no aparelho formado por duas argolas de ferro, formando algemas, com o qual os senhores prendiam pelos tornozelos os escravos fugitivos. Os jumentos que deram origem à raça , eram marcados a fogo pelos seus proprietários, com uma marca figurando aquele aparelho. Assim, todos os animais deste grupo original passaram a ter a marca Pêga, e reconhecidos como raça com este mesmo nome.

O Padre Torquato em 1847 , vendeu ao Coronel Eduardo José de Rezende , proprietário da Fazenda do Engenho Grande dos Cataguazes, no município de Lagoa Dourada, dois machos e sete fêmeas de seus selecionados jumentos da raça Pêga, já famosa num vasto raio da região.

O Coronel Eduardo continuou a obra de melhoramento da raça com o mesmo carinho e entusiasmo do seu iniciado, voltando especial cuidado para a padronização do seu grupo de animais . Ampliou o seu criatório. A criação de jumento do Cel. Eduardo, com a sua visão intuitiva de melhorador, com a sua prudência mineira, com o seu idealismo, pode ser considerada como o berço e o marco concreto da formação da raça Pêga, hoje difundida por todo o território nacional e oficialmente reconhecida.

Para confirmar a visão de idealista do cel. Eduardo, há noticia que fez doação de um lote de jumentos a todos os seus filhos, talvez, com a intenção de que o seu trabalho não pudesse ser perdido por fatores ocasionados da vida e ficar, assim, preservada a história e a formação da raça ligada à família.

Aos quinze dias do mês de agosto de 1.947, no antigo Parque da Gameleira (atualmente Parque "Bolivar de Andrade"), na cidade de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, às 15:00 horas, estando presentes um grupo de criadores, em reunião, resolveram fundar, com personalidade jurídica, a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE JUMENTO PÊGA, sendo constituída uma Diretoria sob a presidência do Cel. Eliziário José de Resende .

A raça Pêga é hoje , o orgulho da pecuária nacional. O Pêga é o jumento que se afirma , tornando-se o jumento da "PREFERÊNCIA NACIONAL" .


Jumento pega

Ao longo de alguns séculos, desde a época da colonização brasileira, os muares desempenharam, e ainda desempenham uma inestimável função sócio-econômica em prol do desenvolvimento de todas as regiões brasileiras, principalmente aquelas inseridas no contexto das explorações de cana-de-açucar, café e cacau.


Origens da Raça Pêga

Segundo o Prof. Otávio Domingues, a presença de uma estirpe de asininos em uma região de Minas Gerais, constitui um fato que não pode causar estranheza a nenhum estudioso de tais assuntos. Os criadores mineiros demonstravam, por força das circunstâncias, aliada ao seu reconhecido conservadorismo, uma tendência para formação de raças locais, a tal ponto que podemos considerar esta característica como uma daquelas a distinguir o povo montanhês das demais populações brasileiras.

Sendo a produção de muares uma necessidade para a indústria da mineração, nos séculos XXIII e XIX ; era natural que se estabelecesse, nos vales mineiros, uma criação de asininos para produção de muares.

Esses asininos seriam forçosamente de procedência IBÉRICA, pois naquela época o provimento das nossas necessidades, nesse terreno, teve ali sua origem mais pronta e natural.

Estudando-se os jumentos selecionados pelos criadores mineiros, não será difícil optar pela hipótese de que seu tronco étnico originário é o Equus Asinus Africanus, do qual muito se aproxima.

 

JUMENTO PAMPA                  

A pelagem pampa não é típica da raça Pêga, mas sim da raça de jumento Italiano. Na raça Pêga também não incidem calçamentos e na cabeça somente estrela ou luzeiro.


A raça Egípcia é aquela que se acha menos longe do Jumento Pêga ( mineiro ) e dois são os pontos de contato indiscutível:

1. A ocorrência da pelagem branca, frequente no Jumento Egípicio, e que nenhuma outra variedade de jumento apresenta, seja do E. Asinus Africanus ou do E. Asinus Europeus.

2. A presença de sinais como estrêla e extremidades brancas, encontradas no jumento Egípicio.

Assim, no Jumento Pêga deparamos com a presença da cor branca, seja na pelagem, seja sob a forma de sinal na fronte ou nos membros, constitui um ponto seguro a considerar no estudo da filiação da Raça Pêga. 

Admitiu-se uma origem mesclada, visto não ser aceitável uma introdução exclusiva do tronco Africano. Houve introdução de reprodutores das raças Italiana, Andaluza e Egípicia. 

O JUMENTO PÊGA veio repontar a prevalecer as características do Equus Asinus africanus, dando-lhe, entretanto, feições distintas que permitiram constituir-se em Raça. 

De um modo geral, a população asinina brasileira é uma mescla dois dois tipos étnicos: Africanus - Europeus. 

Assim o JUMENTO PÊGA representa a mescla fixada em Raça, e enobrecida pelas suas excepcionais qualidades. 

Conta-se em Lagoa Dourada que o rebanho inicial da Fazenda Engenho Grande, adquirido do Padre Torquato, era constituído de dois jumentos e algumas jumentas que, desde então, não deixou penetrar neste rebanho outro sangue.

 

Curiosidades


VOCÊ SABIA?

- Que um costume antigo é dar um nó na cauda dos muares antes de montar?
É um costume do século passado, quando muares eram largamente utilizados como principal meio de transporte nas longas viagens. Com o rabo amarrado, o animal não sujava o cavaleiro (ou amazonas), após passas em terrenos alagadiços, com lama.

- Uma crença antiga é que esquecendo o nó a cauda atado ao soltar o animal para o pasto, no dia seguinte vem uma tremenda dor de barriga. Será?

- Voce sabe qual é a origem do nome jegue?
Jegue é a denominação dada aos pequenos jumentos nordestinos, também conhecidos como jericos. O nome Jegue surgiu da palavra "Jack", em inglês. No século XIX, um grande numero de ingleses construindo ferrovias no nordeste chamavam estes animais por "jack" (jumento em inglês). Os nordestinos, demonstrando o tradicional jeitinho brasileiro, "traduziram" para jegue.

- Voce sabe como é comemorado o dia do trabalho em algumas cidades nordestinas?
Com a "Corrida do jegue", uma grande festa com muita comida típica e música noite a dentro, sem hora de acabar. Tudo isto só para homenagear os maiores trabalhadores do nordeste, os jegues. Ao longo do dia, diversos páreos de corrida de jegues são disputados, até a escolha do grande campeão da festa.

- Voce sabe o significado do ato do muar rabejar (oscila a cauda) durante um concurso de marcha?
É um indicativo de que o animal tem temperamento inquieto, ou está sentindo dor.

- Voce sabe o significado do ato de abanar orelhas durante um concurso de marcha?
Pode ser um indicativo de animal com pouca resistência.

- E muar de rabo mais cheio e longo, o que pode indicar?
Mais semelhança com o equino e quase sempre um animal de bom temperamento de sela.

 

 

Apesar de teimosos, os jumentos são muito inteligentes, demonstrando boa memória, o que para um bom tratador facilita o manejo da criação;

 

Os muares demonstram grande sensibilidade da audição, assimilando com facilidade e rapidez os comandos vocais no processo da doma de sela e nos serviços de atrelagem;

 

O tato é outro sentido muito desenvolvido nos muares, principalmente através dos cascos. É raro um muar pisar em terreno desconhecido com algum grau de periculosidade;

 

Alguns muares que durante o dia marcham com orelhas em descanso, à noite estas levantam-se, adquirindo firmeza e mobilidade, indicando maior atenção do animal, ao pisar sobre o que seus olhos não conseguem enxergar;

 

A inteligência desenvolvida é uma característica de burros e mulas, em contradição ao sentido dos nomes que receberam;

 

Curiosa também é a contradição do nome "mata-burro" - rampas em cimento, ferro ou madeira, em substituição às pequenas pontes. Não há registro de qualquer muar que já tenha caído em um mata-burro, ao contrário de outros animais e do próprio ser humano...;

 

Os muares são imbativeis na eficiência com que se locomovem ao longo de trilhas estreitas, sinuosas, pedregosas, acidentadas e íngremes em regiões montanhosas;

 

Quem já viu pela primeira vez o trabalho de muares transportando cargas altas, pesadíssimas e desconfortáveis, nas regiões canavieiras e cacaueiras do nordeste, certamente se impressionou pela firmeza, destreza e força destes animais;

 

Da mesma forma, é de se admirar a inteligência, habilidade e desenvoltura de uma tropa de burros cargueiros seguindo o líder (madrinha com sinetes), com aqueles enormes balaios carregados, geralmente de milho ou café, para descarga nos paióis ou tanques de recepção do café bruto;

 

Sob quaisquer circunstâncias de perigo o muar reage com prudência, e não com reações afoitas, típicas do equino. Essa afirmativa pode ser comprovada em uma cavalgada urbana. Carros, sons e pessoas assustam bem menos os muares;

 

Nas cavalgadas, a regularidade e a resistência dos muares são impressionantes;

 

Ao longo da doma, o muar solta calor aos poucos, ao contrário do equino, que tende a mostrar calor logo na primeira montada;

 

Os jumentos, pela rebeldia natural e "queixo duro", barras menos sensíveis, reagem com rebeldia ao processo da doma e na equitação;

 

Os jumentos são preguiçosos, linfáticos e de pouco calor;

 

O muar demonstra um incrível senso de direção e "malandragem". Gosta muito de acompanhar uma "madrinha". E quando solto longe da fazenda onde vive é capaz de viajar quilômetros para retornar, passando por vários obstáculos, como cercas, matas, rios, etc. E quando não quer trabalhar, procura esconderijos em seu pasto... Na verdade, como pode ser entendido, Burro não tem nada de burro, só o nome.

Fonte www.abcjpega.com.br, escrito por Lúcio Sérgio de Andrade, Zootecnista, escritor.